
Há uns dias, minha irmã Val me acompanhou em uma daquelas hoje incontáveis excursões à Leroy Merlin para comprar material de obra.
Foi muito engraçado. Enquanto eu olhava lâmpadas, questionava voltagem, economia, fui percebendo com o canto do olho que ela começava a se espichar. Conhecendo como conheço a peça, fui tratando de juntar minhas coisas, porque o prazo de validade dela ali havia acabado. Em cerca de 30 minutos.
Então perguntei: mas quem é que vai montar sua casa? Quem vai colocar as coisas do seu jeito? E ela respondeu: ah, para mim de qualquer jeito está bom. Só vou chegar à noite mesmo...
Hoje enquanto voltava da trilionésima visita à obra (falando assim, nem parece que meu palácio é um apartamentinho de poucos metros quadrados...), vim pensando no carro. Obra azeda qualquer cristão. Não tem como escapar; ainda mais se for reforma, dizem os mais conhecedores do tema. A verdade é que nada funciona como você pensou que funcionaria, surgem palavras e rebimbocas que não existem em nenhum dicionário, e tem hora em que o pedreiro faz perguntas cuja resposta você trocaria alegremente por uma extração de unha do mindinho. Todo dia uma azia diferente, um mês, dois meses...
O lado bom disso tudo é que vai acabando. Já começo a sentir a delícia de olhar para a pedra do balcão da cozinha e imaginar a cebola que vou picar para colocar naquela feijoadinha. Olho uma prateleira e já enxergo o abajur que vou fazer com uma garrafa vazia de vinho e umas luzinhas para colocar em cima. Vejo o local do fogão e já sinto o cheirinho do molho de tomate. No quarto vazio já sinto a presença dos amigos visitantes e suas malas, na varanda já ouço as risadas ao som de uma musiquinha e ao sabor de uma cervejinha gelada.
É, Val, ou eu muito me engano ou ainda vou ver seus olhos brilhando na loja de bricolagem. Porque, por mais que o balcão esteja meio torto, que a dobradiça da porta ainda não esteja funcionando, que o cano ainda não esteja perfeito, não existe nenhum lugar no mundo que consiga ser mais lindo que o lugar onde a gente guarda os amigos, os discos e livros...
Shuif...que coisa linda! Não vejo a hora de ficar pronto, imagino você! A casa da gente, independente de ser rica ou pobre, é onde a gente está entre pessoas que amamos e precisamos. Muito bom. A maturidade vai trazendo a gente pra dentro.
ResponderExcluirBeijos
Sílvia
Pra te falar a verdade quando eu olho pra pedra de abrir massa penso na Isolina e na bagunça homérica que vamos fazer. Pão, macarrão... sem isso de ela ajudar. Ela vai é tocar o bonde. No Natal, então, é que vai pegar fogo, afinal como é que era mesmo? Ah, já sei, "eu já quase sei fazer chocolate". Panetonezinho trufado.
ResponderExcluirQue delícia Vick!!!
ResponderExcluirTambém me senti curtindo o Beco de Baco só de ler o seu post!!!
Tô doida para partcipar de uma das inaugurações deste cantinho tão especial!!!
Se precisar de ajuda conheço alguns departamentos do Leroy na palma da mão.........rs
Bjo
Eu bem sei como vc conhece, pequena Fê... nunca vou esquecer a força que vc me deu no dia das cubas e dos pisos... melhor coisa do mundo é ter uma sócia que tb compartilha com a gente essas coisas, né? Muitos beijos e obrigada!
ResponderExcluirAmore, obrigada por hoje e pela amizade re-descoberta todos os dias. :) Adouro. Lembra do meu blog? Então, é: http://animandoideias.blogspot.com/
ResponderExcluirPasse lá.
Bjs,
Cela.
Querida, também adouro essas noites de redescobertas, elucubrações e risadas. Um dia ainda vamos conquistar o mundo, mesmo sem autorização pra sermos amigas!
ResponderExcluirTo indo agora conferir seu blog de "potência". Conosco ninguém podosco... rsrsrssrsrsrsrsrs. Mtos beijos
Amiga,
ResponderExcluirQue delícia de post!...
Já passei por isso e sei que é mesmo OSSO!
Mas depois vale a pena ver a casa lindinha, vaso de flor pela janela, energia boa entrando pela porta!
Mas a parte que mais gostei foi a da feijoadinha e a do panetone trufado! Se eu não me chamasse Renata, seria Magali!
Beijos carinhosos, saudade,
Hihihihihi, Magali Feldman + Magali Alkmim... vai dar boa coisa não... Beijo beijo
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