A noite linda de lua cheia, encomendada para mim, não deixava ver o marrom da seca no planalto central. Eram quase onze, mas parecia que estava anoitecendo, de tão claro o céu.
De cima, vi as luzes na Esplanada, o parque todo iluminado. Um vôo panorâmico que parecia um presente. Meu coração se alegrou. Algo me dizia que Brasília me surpreenderia.
Três dias de encontros, reencontros. Encontros esperados, encontros inesperados, ansiados.
Incrível como até mesmo os velhos amigos sempre me surpreendem e encantam. O carinho sempre ultrapassa a expectativa. A dupla infalível CarolCami, Moniquinha com sua princesa sonhando um soninho de anjo, a doçura cada vez mais doce da Rafa, almoços, chopes, presentes, risadas, abraços carinhosos. A sala que me acolheu com tanto carinho, os colegas que hoje me recebem como se eu nunca tivesse saído.
O almoço no The Gong que virou café na Cobogó e quase entrou pela noite. A noite no Rayuela. O depois da noite. Redescobertas maravilhosas, brilho nos olhos.
De repente me dei conta de que eu não vi a seca. A seca não existiu neste finde. Apenas os ipês floridos.
Curioso como me senti em casa, mais ainda do que quando morava lá.