segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ipês do Cerrado




A noite linda de lua cheia, encomendada para mim, não deixava ver o marrom da seca no planalto central. Eram quase onze, mas parecia que estava anoitecendo, de tão claro o céu.

De cima, vi as luzes na Esplanada, o parque todo iluminado. Um vôo panorâmico que parecia um presente. Meu coração se alegrou. Algo me dizia que Brasília me surpreenderia.

Três dias de encontros, reencontros. Encontros esperados, encontros inesperados, ansiados.

Incrível como até mesmo os velhos amigos sempre me surpreendem e encantam. O carinho sempre ultrapassa a expectativa. A dupla infalível CarolCami, Moniquinha com sua princesa sonhando um soninho de anjo, a doçura cada vez mais doce da Rafa, almoços, chopes, presentes, risadas, abraços carinhosos. A sala que me acolheu com tanto carinho, os colegas que hoje me recebem como se eu nunca tivesse saído.

O almoço no The Gong que virou café na Cobogó e quase entrou pela noite. A noite no Rayuela. O depois da noite. Redescobertas maravilhosas, brilho nos olhos.

De repente me dei conta de que eu não vi a seca. A seca não existiu neste finde. Apenas os ipês floridos.

Curioso como me senti em casa, mais ainda do que quando morava lá.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Deu blog




Engraçado isso.


Há vários dias eu tenho me cobrado. Será que não tem nada pra escrever? Ou será que o que tem pra escrever não vale escrever?

Talvez.

Ontem, ao fim do dia, eu disse à Fê: vai dar blog.

Deu vontade de escrever. Sobre o dia cheio de histórias, de presentes, de ausentes presentes.

Ontem foi o dia nacional da cumplicidade. De manhã à noite. Desde a caminhada ouvindo os mil casos de Portugal, França, Itália, pessoalmente e por email, passando pelo almoço, litros de café, até a coxinha de jacaré, o telefone liga-desliga atrapalhando o debate.

Quem esteve comigo ontem, fisicamente ou não, sabe do que eu estou falando.


É bom ter vocês de volta, cada um à sua maneira. É gostoso, é divertido, enche o dia de alegria.

Cumplicidade não é necessidade. É desejo. Dá até para viver sem. Ou sobreviver, talvez. Mas a vida ganha outro gosto quando a gente divide os sonhos, diminui as tristezas, soma as forças e multiplica as alegrias.