Ovos de chocolate à parte, a gente morre e ressuscita várias vezes.
Morre quando sofre e não tem forças para olhar para a frente e ver que falta pouco para que a subida termine. Nasce quando finalmente entende o porquê de estar sofrendo e evolui.
Morre quando se esquece e nasce quando se lembra de que a tristeza é o dedo de Deus cutucando seu ombro pra ver se você finalmente se toca de que algo precisa mudar.
Não me lembro da última vez em que vivi tão nitidamente uma Semana Santa. E olha que procissão nessa vida não me faltou...
Dessa vez não teve procissão. Mas teve a angústia do calvário. Quinta Santa. Sexta da Paixão. Um super sábado de Aleluia, com um estalo de luz em uma conversa de cozinha - a milésima de tantas nesta semana, e o nariz enfiado numa taça de Carignan.
Ressuscitei hoje com a nítida sensação de que o caminho certo é simplesmente permitir-se não saber qual é o caminho e deixar que ele se faça.
O antigo pode ser novo, o impensável se torna pensável. Tudo muda de cara. Novas ideias, novas possibilidades, cenários, velhos-novos lugares. Passado e futuro em forma de presente.
"Olhai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e, no entanto, nem Salomão em toda sua glória se cobriu como um deles."
* Last, but not least: AMO vocês!