
Eu tenho a impressão de que já escrevi alguma coisa aqui sobre resiliência. Mas não achei de jeito nenhum. Vai ver eu desisti. Não sei. Resiliência é uma palavra muito em voga atualmente, sob a ótica da psicologia. É um dos principais aliados de qualquer profissional, em qualquer mercado. Mais que isso: de qualquer pessoa, em qualquer lugar.
Aprendi o significado da palavra em um contexto que aparentemente não tem nada a ver com psicologia. Eu era publicitária, e um de meus clientes era uma indústria de colchões. Á época, grosso modo, existiam dois tipos de colchões: o duro e o macio. Duros eram aqueles ortopédicos, que pareciam um pedaço de madeira, e macios eram os de mola ou de espuma muito mole, que afundavam quando você se deitava. Alguns dos colchões de mola já eram capazes de moldar-se ao corpo; mas não eram todos. Essa indústria estava lançando um colchão de espuma de alta resiliência. Isso significava que o colchão era de espuma, mas conseguia reproduzir essa capacidade de moldar-se, antes exclusiva de alguns colchões de mola.
Explicando melhor: ao invés de não ceder nada (como os duros) ou ceder completamente (como os moles), o colchão com resiliência respondia à pressão recebida, adaptando-se às curvas do corpo. Onde recebia mais pressão, afundava um pouco e, onde recebia menos pressão, "subia", compensando as curvas. Isso evitava dores de coluna, apoiando e acomodando o corpo. Acho que esse conceito foi um marco na indústria colchoeira, e na vida de muita gente, que deixou de sentir dores por causa do colchão.
Hoje o conceito já se encontra incorporado. Meu colchão tem resiliência, e, provavelmente, o seu também. Agora chegou a nossa vez de aplicar o conceito à nossa vida. Pessoas resilientes são pessoas que, acima de tudo, compreendem seus limites e capacidades. Sabem quando devem ceder e quando devem avançar. Ser resiliente é entender que, para estar bem, você não pode ser duro demais nem macio demais. Nem agressivo demais, nem passivo demais. E o mais importante: devem entender o lugar certo para ceder ou resistir.
E aí, como estamos? Passivos, absorvendo tudo, sem responder nunca? Ou endurecidos, resistentes? Boa questão para pensarmos quando colocarmos a cabeça no travesseiro. E com a ajuda do colchão.
Resiliência é caminho pra felicidade, Vick! E felicidade é botar a cabeça no travesseiro, espichando o corpo num colchão de auto-resiliência, e agradecer a Deus pelos amigos maravilhosos que temos. Como você, irmã que tive a alegria de escolher.
ResponderExcluirBeijos!
Querida, obrigada pelo carinho de sempre. Aprendo muito sobre resiliência com você! Muitos beijos, já tô com saudades.
ResponderExcluirVick, bem legal essa coisa de se adequar ao momento, saber como interpretar e reagir, sempre percebendo o quanto de energia gastar por isso, tentando antecipar os resultados... muito legal. Conordo com muito que falou.
ResponderExcluirAgora, desde a minha última grande mudança na vida, que faz quase 5 meses, tenho vivido em um lugar completamente novo, com pessoas e culturas novas, e que me fazem viver situações novas também.
Por conta de tudo isso, tenho passado por um momento de reencontro comigo, fazendo com que eu desconstrua várias idéias existentes e monte algumas novas (sobre mim, o mundo e eu nesse mundo).
Ai é onde entra a questão. Pode ser que continue acreditando que resiliência é uma ação fundamental pra se viver bem, porém, é bem possível que a minha forma de agir seja alterada (mesmo sendo resiliente)...
Não sei se consigo ser claro assim, acho que não, já que ainda estou dentro de todo esse processo...
o bom é saber que o mundo, nos ensina muito, mesmo qdo achamos que já sabemos bastante... viver a vida!
bjs
George
Gente, mas não é uó? Agora até eu tenho que comentar no meu próprio blog como anônimo, o blogger fica dando looping e não me loga!
ResponderExcluirGeorge, não sei se entendi bem, mas o próprio fato de alterar sua forma de agir, na minha opinião, é resiliência. Se você chegasse a um lugar novo e não mudasse nada, seria um perfeito colchão ortopédico (ai!)...
Bjs
Vick